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domingo, 2 de setembro de 2012

E esse papo todo sobre o padrão ouro.







Coisa do passado? Ou estamos mesmo falando mesmo sobre o final do sistema baseado em dinheiro fiduciário, ou seja, toda a economia funciona somente se houver crédito para as pessoas tomarem e gastarem à frente dos pagamentos mensais.

Acredita-se que a função dos Bancos Centrais seja o controle da inflação, mas isso parece ter mudado desde 2008. Os BC parecem querer controlar a economia, coisa que se sabe ser impossível desde que existe uma lei universal chamada de lei da oferta e procura, uma coisa imutável, tal como os defeitos de caráter do individuo e da humanidade.

O remédio para a doença econômica que afeta o mundo, segundo os atuais dirigentes dos BCs e da elite mundial, é mais dinheiro. Tese defendida principalmente pelo eminente economista Ben Bernanke, presidente do FED. Parece ser a repetição da tese defendida quando de sua formação escolar, e coincidentemente, os eventos o levaram a dirigir o FED em período histórico semelhante com o que foi visto na grande depressão de 1929.

Uma coincidência? Coisa de Deus? Basta de tentativas de explicações, vamos aos fatos.

A desculpa para a nova impressão monetária, ou o que se chama de estimulo econômico para colocar a econômica novamente em crescimento, é a visão da economia em ruinas na Europa, no principal país emergente, a China, e com efeitos no Brasil, Rússia e o resto da periferia econômica. Tudo está parando.

Estamos vendo dois efeitos antagônicos, e inexplicáveis pela lei da oferta e procura, com essas ameaças não cumpridas do que se chama de QE3. Altas de alguns preços e quedas impressionantes em outros.

Com a queda de atividade econômica na Europa, Brasil EUA, os valores do aço caíram cerca de 30% desde o mês de julho. Não foi só essa commodity que teve seus preços derrubados pela lei da oferta e procura, outros metais também tiveram a mesma sina. No entanto, o preço do petróleo e derivados, da comida, espelhada no preço dos grãos, continuam em alta. A inflação na Europa saiu de uma alta de 1,8%, no seu núcleo, no mês de julho, para 2,7% em agosto.

Acontece o mesmo através do mundo, já ninguém pode escapar dos efeitos da impressão monetária, a inflação, no caso europeu  estamos assistindo ao que chamamos de estagflação.

 Sim, na Espanha, por exemplo, temos inflação mesmo com uma taxa de desemprego de impressionantes 25,1%, segundo a última medição.

Nos últimos discursos dos presidentes dos dois principais BCs no mundo vemos que a intenção é sancionar a ordem para que o BCE possa comprar ilimitadamente os títulos dos países endividados, já que o mercado, através da lei universal, não quer mais emprestar dinheiro para rolagem da dívida a taxas de juros de 1% ao ano.

A frase do presidente do BCE  “ Farei o que for necessário para salvar o Euro como moeda” é sintomática.

Ora, imprimir euros apenas desvaloriza a moeda e ataca a confiança depositada nessa mesma moeda pelo mercado. Não vejo como isso poderia salvar o Euro senão desacreditá-lo a ponto das pessoas o abandonarem definitivamente.

Continuando os discursos ameaçando colocar mais dinheiro no mercado, veio a público nesta sexta feira passada, 31/08, o senhor Ben Bernanke e disse:  O FED irá providenciar mais politicas de acomodação conforme for necessário para promover uma recuperação econômica forte e sustentação do mercado de trabalho. E aqui vemos o porquê da alta do petróleo e seus derivados, da comida e  serviços.

A ameaça do FED segundo alguns é de imprimir 50 bilhões de dólares mensalmente para comprar a própria dívida americana, transferindo esse dinheiro aos detentores dos títulos americanos, ou seja, ao mercado, até que a economia atinja as metas definidas pelo FED. Quer dizer, se as metas não forem atingidas o FED imprimirá número não sabido de dinheiro e manterá as taxas de juros na economia em 0,25% indefinidamente.

Já que os efeitos do QE, do QE1 e QE2, não tiveram ainda o resultado esperado, o FED vai promover o QE#, ou apenas ameaçar com a intenção de fazê-lo?

O mercado de ações e commodities ficaram completamente malucos, violentíssimos, com movimentos de preços erráticos que chocam o mundo e interferem nas politicas econômicas dos países, que nada têm a ver com essa verdadeira guerra entre moedas sendo travada.

Sim, porque se o Presidente do FED acredita que algo em torno de 2 trilhões de dólares já impressos nos diversos QEs já acontecidos ajudaram a economia americana a se recuperar e não teve nenhum efeito colateral, seria bom perguntar para nosso ministro da economia como são os problemas de nosso Banco Central para controlar o valor de nossa própria moeda, o real, por exemplo. 

Nos  EUA a principal consequência dessa impressão monetária foi a destruição de boa parte da classe média americana, empobrecendo as pessoas e enriquecendo os bancos. Já há 27 milhões de desempregados nos EUA e o número continua crescendo.

Segundo o discurso do FED é preciso fazer mais, muito mais, isto é, querem mesmo acabar com o sistema econômico vigente. Um movimento coordenado de impressão monetária é o que estamos assistindo. Todos usando de estímulos para suas economias, EUA, Europa como um todo, China, Brasil, todo mundo baixando juros e incentivando a economia.

Vejam o crescimento conseguido pelo Brasil neste último trimestre de incentivos, 0,4%, um assombro causado pelo incentivo dados à economia, caso contrário estaríamos como?

O que não se percebe nessa crise é que as dívidas dos países estão subindo de maneira catastrófica em relação aos seus PIBs e logo o mercado vai perder totalmente a confiança em rolar as dívidas dos Estados, já que se percebe que muitos deles já estão insolventes, isto é, falidos. sem o dinheiro do mercado, só resta os BCs para comprarem essa dívida, uma coisa totalmente inexplicável, diga-se de passagem.

O que estamos assistindo nesse concerto para se consertar a economia global é que estamos sendo guiados para fora do que seria uma breve recessão econômica, o que se quer evitar a qualquer custo, para uma depressão global em 2014/2015, de consequências imprevisíveis.




O fato é que o mercado percebe que  a experiência de uma economia global baseada em dinheiro fiduciário, onde o dólar é a moeda base, está no fim. Prova disso é o preço do ouro e da prata, que são, segundo o mercado, a única defesa financeira contra o ataque às moedas nacionais  levado a efeito pelos BCs.


E por que o preço do ouro está subindo? Uma das causas é a compra de ouro físico pela China, que por sinal o faz para defender sua enorme posição em títulos americanos.


Bem, eu posso estar enganado e tudo isso não estar de fato acontecendo, não é?



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